Pequenos Imperadores: consequências da política de um só filho na China – Sem sombra de dúvida, os números são uma grande preocupação para a China. Enquanto no Brasil falamos em milhões por lá as cifras são sempre em bilhões.
Talvez o baby boom chinês tenha assustado o governo mas agora, quando as curvas se apresentam inventidas segue a preocupação com a gigante China.
O país com a maior população do mundo agora se preocupa com as baixas taxas de natalidade. O controle eficaz fez surgir uma população envelhecida. E agora?
O antagonismo chinês é o grande dilema Essa já é uma realidade, você sabe por quê?
A política de um só filho
A princípio, na China, o controle de natalidade e planejamento familiar iniciaram na década de 40. No entanto, o crescimento populacional se deu em proporções muito rápidas.
Então, na década de 70 outras medidas passaram a ser adotadas pelo governo. Claro, que por se tratar da China as políticas são impostas. Sobretudo, vale lembrar, não é um país democrata.
Diante de um crescimento que parecia incontrolável, a República da China implementou a política de um só filho por família. Medidas duras com penalidades para todos.
Por meio dessa Política, as famílias não tinham opção. Ter um só filho ou, arcar com valores muito altos de seguro social e, multa. Inviável manter uma família fora do padrão.
Mudança da sociedade chinesa
Em decorrência dessas medidas, a sociedade chinesa mudou. Uma nova geração ficou conhecida como pequenos imperadores, ou seja, filhos únicos.
Mas não foi só isso. Aliás, quando se discute questões de violações a direitos fundamentais elas se tornaram costumeiras.
Crueldade era pouco perto do que aconteceu.
Uma das consequências foi o crescimento desproporcional entre homens e mulheres. Isso porque, tradicionalmente, os filhos tinham preferência às meninas. Seja para o trabalho rural ou pela responsabilidade dos pais quando mais velhos.
Pequenos Imperadores: consequências da política de um só filho na China – escolha do bebê
Dessa maneira, muitas famílias realizavam o exame de ultrassonografia para descobrir o sexo do bebê. Conforme o resultado, optavam pelo aborto. Isto é, as meninas eram preteridas. Além disso, muitas recém-nascidas eram deixadas em orfanatos, abandonadas ou sofriam infanticídio.
Há pesquisas que comprovam a adoção de meninas chinesas girando em torno de dez mil casos.
Outra alternativa encontrada por famílias que tinham mais de um filho era esconder os filhos do governo. Em outras palavras, a situação ilegal sem documentos gerou cidadãos sem acesso à educação e emprego.
Crescimento da população masculina
Ou seja, existe grande disparidade entre mulheres e homens. Como consequência, não há mulheres em idade de casamento. Muitos jovens chineses buscam relacionamentos em outros países.
Finalmente, em 2015 a política e o controle foram oficialmente finalizados.
Ademais, hoje percebe-se o envelhecimento da população. Com isso, problemas econômicos e previdenciários são comuns. Desse modo, o governo está novamente diante de um problema populacional. Recentemente, passou a se permitir famílias com três filhos para incentivar o aumento populacional.
Mundo Moderno
Aliás, a questão é complexa. Agora, as famílias tem medo e insegurança de ter mais de um filho. Altos custos de educação, desempenho na carreira e no trabalho são preocupações. Ter um filho sem estrutura de creches, ou auxílios públicos não é uma opção razoável. Muitas famílias preferem concentrar os esforços em apenas uma criança.
Apesar da política já ter terminado a alguns anos, as consequências secundárias permanecem.
No momento em que os abortos femininos se tornaram constantes, o governo chinês criou uma lei Impedindo que pudesse ser divulgado o sexo do bebê durante o exame de ultrassonografia.
Uma tentativa de se evitar a seleção pelas próprias famílias. A lei segue vigente.
Por esse motivo, os médicos não estão autorizados ainda hoje o sexo do bebê.
Pequenos Imperadores: consequências da política de um só filho na China – breves conclusões
Quando se fala em bilhão a preocupação estatal é sempre gigante. Na China, o controle estatal é indiscutível. Em suma, ainda nos dias atuais há grande influência do Estado.
Se antes a preocupação era evitar o crescimento desordenado da população, agora a necessidade é o inverso. Por fim, a pirâmide populacional está se inventendo. Assim, preocupações econômicas num país em que há muito mais gente envelhecendo do que nascendo é evidente.
Por isso, o governo passou a incentivar o aumento populacional. No entanto, a população moderna, acostumada com um vida difícil não vem sucumbindo aos anseios governamentais.
Será que a China se sustentatará num cenário oposto ao costumeiro?

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